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pecado.


alimentavam-se das histórias alheias, do que supunham adivinhar num olhar, num gesto.
escrevi eu por aqui um dia destes. dei-te isto a ler. o desafio velado. esquadrinhas bem alguém. de certeza. pelo que diz. ou faz. o desafio directo. então lê-me. o que viste tu nas linhas do meu rosto hoje? (d)escrevi-te. isto. e isto. e mais aquilo. e talvez isto. assustador, disseste tu. assustador? sim. certo. e certo. e certo. e reparas na mais pequena palavra. é a vantagem, de se ser uma boa ouvinte, respondi eu. (ou uma falante tímida, esqueci-me de acrescentar). então tenho de ter muito cuidado com o que digo. não precisas, respondi. eu não sou má pessoa.

[mas não te confessei. o meu maior pecado. que é sorver(-te) as palavras. e surripiá-las para aqui].

Comentários

Anónimo disse…
O bom de contarmos histórias alheias, é q quando queremos contar a nossa não nos sobram palavras... E não nos resta senão vivê-la... ;-)

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sozinha no [meu] sossego do quarto sinto as palavras a redemoinhar à minha volta. vou-as apanhando uma a uma, aconchegando-as em ramalhetes simples, o mais simples possível. chamam-me da sala, onde as palavras dos outros me fazem, por momentos, esquecer a ordem das minhas. pego na caneta e só consigo escrever [vazio]. ponho as minhas coisas debaixo do braço e a meio do corredor já as sinto [às palavras], em pézinhos de lã, a voltarem comigo [para mim].

feliz.na.vida[d].

e ... eis que este blog também adere à animação versão natalícia lançada pela thunderlady . e só apareço aqui assim, porque a rapunzel diz que é a minha spitting image : um cachecol ou lenço, a máquina sempre por perto. e os livros (conheço pelo menos uma pessoa que acharia que o mundo estava a acabar se eu não tivesse um livro) perguntam vocês? lembram-se de falar não há muito tempo de embrulhos de cantos muito regulares que deixavam adivinhar o que continham? ah pois. hoje já recebi o primeiro. e inesperado. [thanks ;)]. se a imagem pudesse falar desejar-vos-ia felicidade. hoje, amanhã, no natal, no próximo ano. como não pode, desejo-vos eu por escrito :)
E por vezes as noites duram meses E por vezes os meses oceanos E por vezes os braços que apertamos nunca mais são os mesmos    E por vezes encontramos de nós em poucos meses o que a noite nos fez em muitos anos E por vezes fingimos que lembramos E por vezes lembramos que por vezes ao tomarmos o gosto aos oceanos só o sarro das noites      não dos meses lá no fundo dos copos encontramos E por vezes sorrimos ou choramos E por vezes por vezes ah por vezes num segundo se evolam tantos anos David Mourão-Ferreira [september is the saddest month]