porque é que as palavras que mais se nos entranham não são as que esperamos ouvir de um determinado alguém mas sim as que, vindas de nenhures, nos surpreendem e deixam sem reacção?
sozinha no [meu] sossego do quarto sinto as palavras a redemoinhar à minha volta. vou-as apanhando uma a uma, aconchegando-as em ramalhetes simples, o mais simples possível. chamam-me da sala, onde as palavras dos outros me fazem, por momentos, esquecer a ordem das minhas. pego na caneta e só consigo escrever [vazio]. ponho as minhas coisas debaixo do braço e a meio do corredor já as sinto [às palavras], em pézinhos de lã, a voltarem comigo [para mim].
Comentários
também. ou quando as ouvimos já esperámos demasiado.
rapunzela. pois. same here :)
sim, se chegam quando já não as queremos, são só mais um problema!