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as palavras. (VI)

à custa de andar sempre à procura de talões, recibos, papéis e papelinhos para escrever comprei um caderno. metade liso, metade pautado. tamanho ideal [cabe milimetricamente na mala]. que sei que pouco irei usar. à custa de andar à procura de papéis pela carteira quando finalmente os encontro as palavras já estão maduras. caem sem custo na folha. encolhem-se em letras minúsculas para melhor se acomodarem entre a referência do produto e o IVA. o espaço e meio destas linhas [e o espaço livre destas meias páginas] causam-nos [ainda] o assombro de nem elas nem eu nos sentirmos maduras o suficiente para nos espraiarmos por ali.

Comentários

MS disse…
eu sem as minhas 2 moleskine, uma weekly notebook, grande e gorda e outra lisa, não sou nada!
Anónimo disse…
Tenho uma agenda moleskine... É a 3ª. ás x anoto lá pensamentos, outras x é mesmo nas notas do tele, mas a maior parte das vezes ficam mesmo perdidos no limbo que separa o Tico do Teco.... :P
A Coração disse…
Cá eu, com papéis sou um verdadeiro terror. E não consigo ter agenda, livros de notas e isso.

:D
Brida disse…
é meninas, eu a pouco e pouco lá vou pegando no meu bloco de notas... mas ainda encontro tantos talões de multibanco rabiscados até à exaustão pela carteira :)

beijos às 3.

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sozinha no [meu] sossego do quarto sinto as palavras a redemoinhar à minha volta. vou-as apanhando uma a uma, aconchegando-as em ramalhetes simples, o mais simples possível. chamam-me da sala, onde as palavras dos outros me fazem, por momentos, esquecer a ordem das minhas. pego na caneta e só consigo escrever [vazio]. ponho as minhas coisas debaixo do braço e a meio do corredor já as sinto [às palavras], em pézinhos de lã, a voltarem comigo [para mim].

feliz.na.vida[d].

e ... eis que este blog também adere à animação versão natalícia lançada pela thunderlady . e só apareço aqui assim, porque a rapunzel diz que é a minha spitting image : um cachecol ou lenço, a máquina sempre por perto. e os livros (conheço pelo menos uma pessoa que acharia que o mundo estava a acabar se eu não tivesse um livro) perguntam vocês? lembram-se de falar não há muito tempo de embrulhos de cantos muito regulares que deixavam adivinhar o que continham? ah pois. hoje já recebi o primeiro. e inesperado. [thanks ;)]. se a imagem pudesse falar desejar-vos-ia felicidade. hoje, amanhã, no natal, no próximo ano. como não pode, desejo-vos eu por escrito :)
E por vezes as noites duram meses E por vezes os meses oceanos E por vezes os braços que apertamos nunca mais são os mesmos    E por vezes encontramos de nós em poucos meses o que a noite nos fez em muitos anos E por vezes fingimos que lembramos E por vezes lembramos que por vezes ao tomarmos o gosto aos oceanos só o sarro das noites      não dos meses lá no fundo dos copos encontramos E por vezes sorrimos ou choramos E por vezes por vezes ah por vezes num segundo se evolam tantos anos David Mourão-Ferreira [september is the saddest month]